As origens do karatê remontam a mais de mil anos atrás, quando Dharma, no mosteiro Shao Lin na China, desenvolveu métodos de treinamento físico para que seus alunos adquirissem a resistência e a força física necessárias à rígida disciplina monástica. Esta arte marcial foi posteriormente levada para a Ilha de Okinawa, no Japão, onde se mesclou com técnicas de luta locais. Lá, o mestre Gichin Funakoshi, que veio a falecer em 1957 aos 88 anos, tornou-se um dos principais divulgadores dessa arte marcial pelo arquipélago japonês e legou-a ao mundo.
O karatê foi apresentado ao público japonês em 1922, quando mestre Funakoshi, então professor no Colégio de Professores de Okinawa, foi convidado a palestrar e realizar demonstrações num festival de artes marciais tradicionais organizado pelo Ministério da Educação do Japão. A sua performance causou grande impacto, gerando muitos convites para ensinar em Tóquio. Em 1936, após lecionar em diversas universidades, ele fundou o estilo Shotokan, marcando profundamente a história do karatê no Japão. Em 1958, três anos após a criação da Associação Japonesa de Karatê, o Ministério da Educação reconheceu oficialmente a entidade e ocorreu o primeiro torneio nacional de karatê, que hoje é realizado anualmente.
Atualmente, o karatê tem múltiplas funções: no Japão, é amplamente ensinado em universidades e integra o treinamento de policiais e forças armadas. Globalmente, ganha espaço em clubes e academias tanto como prática de defesa pessoal quanto esporte competitivo. Contudo, sua essência como meio de exercício físico que enfatiza a disciplina mental continua profundamente enraizada. Em 2020, com as Olimpíadas em Tóquio, o karatê foi incluído pela primeira vez no calendário olímpico, dividido em duas categorias: Kata, uma luta imaginária para demonstração de habilidades, e Kumitê, a luta corporal propriamente dita, com categorias separadas por peso.
Aqui na Shinkukan Sports, especializamo-nos no Karatê estilo Shotokan, seguindo as diretrizes da JKA do Rio Grande do Sul — filiada à JKA do Brasil e, por sua vez, à JKA do Japão — e contamos com a expertise do Sensei Alfredo Aires, detentor de uma graduação de 7º Dan, que traz conhecimentos e técnicas aprimoradas diretamente do Japão.
*Texto resumido e adaptado de: “Karatê Dinâmico”, de M. Nakayama.